quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

IGREJA MATRIZ DA PARÓQUIA DE SANTA MARINHA DE CORTEGAÇA


A edificação da actual igreja de Santa Marinha, matriz de Cortegaça, que veio substituir uma outra de época anterior, foi iniciada em 1910 e concluída em 1918 sob projecto de Manuel Soares de Almeida (Cf. Processo de Classificação, IPPAR/DRC). Trata-se de um imponente templo, com fachada principal flanqueada por torres rematadas por coruchéus. O pano central é marcado pela abertura do portal de verga recta, que se liga ao janelão superior, com balaustrada e frontão triangular, terminando num amplo frontão coroado por três esculturas - Santa Marinha, a quem o templo é dedicado, encontra-se ao centro, com S. Miguel à direita e S. Martinho à esquerda. Todo este alçado foi revestido por azulejos azuis e brancos, com motivos decorativos e arquitectónicos que equilibram e enquadram os vãos existentes. As representações figurativas são referentes a S. Pedro e a S. Paulo, a S. João Bosco e a S. Francisco de Assis, ao Coração de Jesus e ao Coração de Maria.
No interior, o retábulo-mor exibe um painel com Cristo Ressuscitado, as imagens de Santa Marinha e São Miguel. O tecto da capela-mor apresenta pinturas dos quatro Evangelistas.
A igreja foi depois objecto de outras campanhas, entre as quais se destaca a realização de dois altares e, em 1956, a construção de um novo baptistério onde se inclui um painel de azulejo com a figuração do Baptismo de Cristo. Sensivelmente na mesma época foram aplicados dois painéis de azulejo na capela-mor.
O revestimento azulejar do exterior da igreja matriz de Cortegaça inscreve este templo na tendência que, desde o século XIX, se manifestou de forma particular na região de Ovar, onde boa parte das fachadas dos imóveis foram revestidas por azulejos.
A presente classificação inclui ainda os jazigos do Cemitério Velho, situado ao lado da igreja. Executados entre o final do século XIX e o início da centúria seguinte, caracterizam-se pela utilização de um vocabulário revivalista, destacando-se pelo trabalho escultórico das suas cantarias, pelos gradeamentos em ferro forjado e, também, pelo recurso ao revestimento azulejar, configurando um conjunto de grande homogeneidade.
(RC)

2 comentários:

  1. Boa Noite Sr. Padre,

    Não me conhece mas fui baptizada por si há quase 30 anos agora...
    Estava a eu a ler este artigo e não refere nada acerca do financiamento e da construção da Igreja. A minha avô tinha muito orgulho na igreja da terra e contava que foi o povo que a construi. Não sei se era no primeiro sentido ou no sentido figurado. Sabe m dizer algo mais acerca disso.
    Muitos Parabéns pelo blogue!

    ResponderEliminar
  2. Bom dia Sr. Padre,

    No dia de Páscoa, preparei-me para receber o Senhor em casa e assim mostrar aos meus pequenos o que é beijar a cruz. Coloquei os “verdes” à porta e o Compasso, tal qual corredores à procura da “camisola amarela”, passaram e seguiram sempre o seu caminho. Impossível não terem reparado nos verdes, mas como a porta estava encostada, nem se dignaram a tocar à campainha. Vi-os no fundo da rua, mas, como moro num entroncamento, ainda fiquei com a esperança de que eles ainda iriam passar por cá.

    Juntamente com os meus pais e os meus filhos esperámos toda a manhã! Cerca das 12h00 soaram os foguetes e eu pergunto-me quem terá sido o Compasso vencedor da rapidez…

    São cada vez menos as pessoas a abrir a porta neste dia e eu creio que não voltarei abrir a minha. Quem são estas pessoas que fazem parte do Compasso e andam sempre em volta da igreja! Ainda bem que eu não faço parte delas, porque eu não teria uma atitude destas!!

    Creio que não preciso de dizer o sentimento de desilusão que tive, mas certamente faço parte daquele tipo de pessoas azaradas a quem tudo corre mal…

    Espero que tenha tido uma boa Páscoa, porque para mim não foi!

    Cumprimentos,

    ResponderEliminar